Não é de hoje que o sistema tributário nacional é um dos grandes gargalos na vida das empresas nacionais e internacionais. O estudo “Desafios da Gestão de Impostos Indiretos no Brasil”, da Thomson Reuters, mostrou que a gestão dos impostos indiretos, por exemplo, é uma dificuldade para 89% das empresas brasileiras.
Entretanto, muitas das dificuldades impostas pela nossa realidade tributária têm sido superadas pelas empresas especialmente através da inovação.
Principais barreiras à inovação no sistema tributário brasileiro
No atual panorama tributário brasileiro algumas algumas barreiras à inovação se destacam:
Alta complexidade tributária: Trata-se de uma legislação complexa, com diferenças entre tipos de empresas, tamanhos, produtos, com impostos que atuam em cascata e, devido à sua complexidade, um sistema que muda a todo o tempo, exigindo atenção e atualização constantes. Apenas a título de curiosidade, são quase 100 tributos em vigor no Brasil, sendo o IR, CSLL, COFINS, ICMS e ISS apenas alguns dos mais conhecidos.
Diferentes legislações entre estados e municípios: Sem uma legislação unificadora, os impostos no Brasil mudam de estado para estado e até mesmo entre os municípios. A chamada “guerra fiscal” contribui para criação de instabilidade jurídica e reduz a arrecadação, fazendo com que o Estado crie novas taxações para cobrir seus gastos.
Necessidade de envolvimento de diversas áreas: A tarefa de responder às complexas exigências do Fisco acaba exigindo informações e ações que não se resumem somente à área fiscal e tributária.
Pouco investimento em TI: Mesmo em empresas com sistemas de ERP (Planejamento de Recurso Corporativo), muitas são as atualizações feitas manualmente, gerando ineficiência. Ainda são poucas as corporações que investem em automação e IA no setor fiscal e tributário.
Sobrecarga de trabalho: As diversas questões apontadas acima acabam resultando em uma sobrecarga de trabalho dos profissionais da área tributária. Essa sobrecarga impede que os profissionais dediquem mais tempos à atividades não operacionais e estratégicas. Na pesquisa da Thomson Reuters citada acima, 95% dos profissionais gostariam de dedicar mais tempo à análise de dados e à tomada de decisões estratégicas, mas suas atuais funções não permitem.
Cultura de curto prazo: A eterna “prisão no presente” é ainda uma cultura que atrapalha a inovação no país. É raro que as empresas incluam, em seu planejamento de longo prazo, as áreas fiscal e tributária em projetos de inovação, fazendo com que essas áreas tenham que desenvolver soluções e projetos de inovação para os seus desafios por si mesmas.
A luz no fim do túnel
A alta complexidade do sistema tributário e as questões acima tornam a inovação nas empresas e nessas áreas bastante difíceis. Entretanto, uma prova de que a inovação é possível são as TaxTechs, startups focadas em trazer inovação e eficiências para as áreas fiscal e tributária apesar de todas essas dificuldades.
Essas startups enfrentam os mesmos problemas de atualização tributária que quaisquer outras empresas, porém, em função do seu tamanho e propósito, são capaz de criar soluções mais eficientes do que grandes empresas e com menores investimentos.
Além disso, as TaxTechs ajudam as empresas a inovar e implementar a transformação digital ao livrar tempo e energia das áreas de tax das empresas para questões estratégicas, criativas e de planejamento, tornando o negócio de mais eficiente.