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Data & Analytics aplicados à área fiscal e tributária

Cada vez mais, o mundo corporativo toma consciência do potencial da área fiscal como uma geratriz de insights e informações fundamentais para o negócio. Assim, a área passa por uma migração do simples backoffice para um papel mais estratégico nas empresas.

Mas como transformar milhões de informações aparentemente desconexas em dados úteis? É aí que entra o trabalho de Data & Analytics, que agregam inteligência artificial e outras metodologias de organização e mineração de dados, trazendo à área um salto de qualidade impossível até pouco tempo.

Vale dizer que Data & Analytics aplicados a tax não andam sozinhos e são um dos pilares de um processo mais amplo, chamado Tax Transformation, que envolve ainda diversas mudanças estruturais nas empresas.

Ferramentas e processos para Data & Analytics

Nos últimos tempos, os profissionais das áreas fiscal e tributária começaram a entender que, se quiserem se manter atualizados, terão de se tornar verdadeiros cientistas de dados. Isso significa que precisarão dominar as técnicas e ferramentas que lhe permitam ajudar a empresa na tomada de decisões orientadas a dados, a chamada Data-Driven. Nesse processo, a empresa baseia suas decisões e o planejamento estratégico na coleta e na análise de dados, não mais em intuições ou experiências pontuais.

Um bom ponto de partida é entender que a área fiscal e tributária, por natureza, já concentra uma imensa base de informações da empresa, por exemplo, aquelas enviadas ao fisco por meio do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED. Esses arquivos, quando trabalhados, podem dar origem a dezenas de insights e KPIs para a gestão da carga fiscal do negócio.

Para isso, o caminho é o aprofundamento em ferramentas de Data & Analytics, como Qlik, Power BI, IBM Watson Analytics e Tableau, por exemplo. Outra opção de ferramenta, com a vantagem de ser gratuita, o Google Data Studio é uma boa porta de entrada para quem não tem conhecimentos na área.

Tax Analytics na prática

Já é um dilema clássico na ciência de dados que 80% do tempo dos profissionais é gasto na formatação dos dados, sobrando só 20% para as análises em si. Por isso, para quem está começando no Data & Analytics na área fiscal, o conselho é o uso dos dados mais estruturados disponíveis, ou seja, os arquivos SPED.

Por exemplo, no SPED Fiscal (EFD ICMS-IPI), é possível acessar todas as notas fiscais de entradas e saídas emitidas no mês, de forma organizada. As notas de vendas ou serviços prestados estão no EFD Contribuições. Por fim, as informações contábeis e as Demonstrações Financeiras podem ser cessadas na Escrituração Contábil Digital (ECD) e na Escrituração Contábil Fiscal (ECF).

Dicas de como começar:

1. Baixe o máximo desses dados que puder e organize em uma pasta. Quanto maior o volume de dados, maior a capacidade de extrair insights.

Em seguida, defina que tipo de insights quer por exemplo, entender gargalos de pagamento ou conhecer melhor o fluxo de impostos.

2. Selecione uma das ferramentas de Data & Analytics indicadas acima e formate os dados conforme as exigências da ferramenta.

3. Execute diversas análises – as ferramentas trazem várias análises pré-configuradas – até encontrar informações que façam sentido serem compartilhadas com a gestão.

4. Por fim, use as funcionalidades de visualização presentes nas ferramentas para tornar a sua informação mais compreensível para quem vai acessá-la.

Pronto, você terá em mãos seu primeiro relatório de Data & Analytics voltado ao Data Driven da empresa!

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